Pesquisa realizada pela Universidade de Michigan nos EUA revela que a maioria dos pais não orientam seus filhos adolescentes sobre os riscos de perda auditiva causada principalmente por ruídos de aparelhos sonoros
Pesquisa realizada pela Universidade de Michigan nos EUA revela que a maioria dos pais não orientam seus filhos adolescentes sobre os riscos de perda auditiva causada principalmente por ruídos de aparelhos sonoros
Pesquisa de opinião pública realizada pela National Poll on Children's Health da Universidade de Michigan nos EUA mostrou que 67% dos pais não conversam com seus filhos adolescentes sobre os riscos de perda auditiva principalmente causada pela exposição a ruídos dos aparelhos sonoros, além da exposição frequente à músicas altas de bares e danceterias. Dentre estes pais, 70% acreditam que seus filhos estão fora de risco, por acreditarem no bom censo dos mesmos.
Diante disso, a National Poll on Children's Health afirma que um entre cada seis adolescentes tem uma forte tendência a adquirir perda auditiva, no qual é causada por exposições a ruídos durante longos períodos de tempo ou até mesmo em curto período de tempo a altos ruídos e esse crescimento de perda auditiva é atribuído ao uso de MP3 e Ipods por parte dos adolescentes. De acordo com a pesquisa, muitos pais juntamente com seus filhos adolescentes desconhecem o fato de que a exposição a ruídos causa danos à saúde auditiva.
Outra pesquisa aponta que um entre cada dez adolescentes é exposto a excesso de ruídos que excede a cifra de 70 dB (decibéis), acima do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde - OMS, o estudo foi realizado pelo Rick Neitzel The University of Michigan, USA (Universidade de Michigan nos Estados Unidos).
A perda auditiva causada por ruídos costuma ocorrer de modo imperceptível e com o passar do tempo pode aumentar ao ponto de afetar a capacidade de entender uma conversa, um diálogo.
"Adolescentes desconhecem os prejuízos causados à audição pelos ruídos até que isso evolua ao ponto de afetar a fala e comunicação”, afirmou Sarah Clark, M.P.H., Associate Director of the Child Health Evaluation and Research (CHEAR) Unit, University of Michigan, and the National Poll on Children’s Health."Nesse sentido eles passam a ter dificuldade na escola e em situações sociais."
"A perda auditiva causada por ruídos não é reversível, mas pode ser prevenida", declara Deepa L. Sekhar, M.D., Assistant Professor of Pediatrics at the Penn State College of Medicine." Há simples passos que os pais e adolescentes devem seguir para uma boa conservação da audição.” Um desses passos é incentivar os adolescentes a estabelecer limite relacionado ao volume de headphones e MP3 que não devem estar acima de 65 decibéis.
A pesquisa revelou que apenas 32% dos pais estavam cientes do volume limite do aparelho de seus filhos e à partir do momento que foram informados sobre o assunto mais da metade deles declararam que irão seguir essa orientação. Somente 1/3 dos pais acham que seus filhos provavelmente passarão a usar seus aparelhos no volume máximo, acima de 85 decibéis, mesmo com as orientações.
Bom senso é saudável
É importante estar consciente da exposição de ruídos que se experimenta, mas segundo a pesquisa feita pela University of Michigan (Universidade de Michigan) faz-se necessário ficar atento de quantos prejuízos pode ser causado no decorrer do dia.
Ouvir iPods e estéreos em alto volume não é uma atividade de entretenimento saudável, na verdade, o uso desses aparelhos podem causar perda auditiva de um modo precoce. No entanto, eles não causam nenhum dano auditivo, na maioria dos casos, se forem usados no volume baixo.
Segundo Rick Neitzel, não é suficiente focalizar só nos ruídos provocados pelo ambiente de trabalho (PAIR), ele sugere que é parte do programa de saúde pública informar aos habitantes das grandes cidades sobre os riscos de ruídos da vida urbana incluindo tráfego e uso de aparelhos de som enquanto eles se deslocam nos diferentes tipos de transportes.
Atualmente, o ruído é visto como um mal que permeia a vida e o meio ambiente das grandes cidades. São ruídos advindos do trânsito, como buzinas, motores, barulho do pneus no asfalto, ruídos da construção civil, bares, restaurantes e baladas com seus diferentes sons e por meio da aglomeração, cada vez maior, de pessoas nestes lugares, que estão em crescente expansão, oferecendo cada vez mais riscos à saúde auditiva e ao meio ambiente.
Limites sonoros
Tecnicamente, a poluição sonora se caracteriza com a exposição a sons acima de 90 decibéis (dB), durante 8 horas consecutivas, sem proteção auricular. Nessas condições e de maneira contínua, a saúde pode ser afetada de modo grave e até irreversível. No entanto, vale ressaltar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o estresse auditivo tem início sob exposições acima de 55 decibéis. Veja as consequências de acordo com a intensidade dos sons:
• Até 55 decibéis – não causa problemas.
• Entre 56 dB e 75 dB – pode incomodar, mas não gera malefícios à saúde.
• Entre 76 dB e 89 dB – pode afetar a saúde.
• Acima de 90 dB – dependendo do tempo de exposição, a saúde e a audição pode ser prejudicada de modo irreversível.
Fonte: C.S. Mott Children’s Hospital, National Poll on Children’s Health, University of Michigan.
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