Num futuro próximo, medicamentos para surdez surgem com uma luz para tantas pessoas que sofrem com a doença.
- Criado em Terça, 15 Maio 2012 03:36
- Escrito por Kendra Chihaya
Segundo pesquisadores da Universidade de Yele - EUA, manipulando duas proteínas fundamentais do DNA através do uso de medicamentos específicos é possível reverter ou pelo menos frear o processo da perda auditiva
Segundo pesquisadores da Universidade de Yele - EUA, manipulando duas proteínas fundamentais do DNA através do uso de medicamentos específicos é possível reverter ou pelo menos frear o processo da perda auditiva
A pesquisa, publicada na revista científica “Cell” de janeiro de 2012, coloca em dúvida a amplamente aceita (pelo menos até hoje) afirmação de que a perda da audição por exposição a ruídos é biologicamente definitiva. Liderada pelo Dr. Gerald Shadel, uma equipe de cientistas da Universidade de Yale (Connecticut, Estados Unidos) descobriu, através da manipulação genética de cobaias, detalhes inéditos relacionados ao processo da perda de audição. Segundo Nuno Raimundo, bioquímico português envolvido nos estudos, nos casos em que esse tipo de problema aparece, pelo menos em um primeiro momento, as células responsáveis pela audição continuam “vivas”, ainda que inativas. Sendo assim, manipulando duas proteínas fundamentais do DNA através do uso de medicamentos específicos, é possível reverter ou pelo menos frear o processo da perda auditiva.
O estudo ainda permitiu que fossem identificadas várias moléculas que podem servir de alvos para tratamentos mais efetivos. Entre elas, a molécula conhecida como “superóxido”, que quando retirada de células críticas para a audição torna possível evitar que elas morram.
Os resultados dessa pesquisa, que tem previsão de durar pelo menos ainda mais um ano, podem permitir que, num futuro próximo, sejam desenvolvidos medicamentos para tratar com sucesso os problemas relacionados a audição antes deles se tornarem irreversíveis, reduzindo significativamente a incidência de surdez no mundo e permitindo, talvez, eliminar a necessidade do uso de aparelhos auditivos, principalmente em recém-nascidos.
Fonte: Revista “Cell”
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