A identificação precoce dos sintomas é muito importante a fim de evitar isolamento e depressão mais tarde
A identificação precoce dos sintomas é muito importante a fim de evitar isolamento e depressão mais tarde
Motor de carro passando na avenida, burburinho na praça de alimentação do shopping, música alta nos fones de ouvido. Envolvidos pela rotina, não prestamos atenção nos ruídos do dia a dia muito menos nas consequências que eles podem ter em nossa saúde, a longo prazo. A perda auditiva induzida por ruído é uma delas. Como ocorre de forma gradativa, muita gente só busca tratamento quando o problema já está em grau elevado.
"Quanto antes a pessoa procurar ajuda, mais qualidade de vida ela vai ter, porque a perda da audição muitas vezes acaba provocando isolamento, já que não se compreende direito o que os outros dizem, e pode levar até à depressão", alerta a fonoaudióloga Joseane Novôa Fin.
Cerca de 15% da população mundial sofre de zumbido e 5 milhões de brasileiros têm algum grau de surdez, segundo a Organização Mundial da Saúde. É bom ficar atento aos sinais que começam a aparecer a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do organismo, quando as células ciliadas da orelha interna começam a morrer. Com o avanço da idade, a percepção de sons de alta frequência fica limitada, aí começam as confusões entre consoantes como S, T, C, P e F, dificultando a compreensão do que os outros dizem. Depois dos 65 anos, a perda auditiva conhecida como presbiacusia tende a ser mais severa.
Joseane recomenda que, aos primeiros sinais de perda auditiva, o paciente procure um profissional para a realização de exames como o de audiometria, que revelam o tipo e o grau de perda. O uso de um aparelho auditivo resolve o problema na maioria dos casos e o mercado oferece modelos cada vez mais discretos para não ofender a vaidade de quem usa. "Existe um preconceito com o uso dos aparelhos porque é difícil de esconder, mas eles estão cada vez mais confortáveis" comenta a fonoaudióloga.
Segundo a especialista, não há como curar a surdez, por isso, o uso do aparelho auditivo é única alternativa para melhorar a qualidade de vida de quem tem problemas para ouvir. No entanto, uma ferramenta disponível para download gratuito no site www.biosom.com.br com uma tecnologia exclusiva desenvolvida no Centro de Fisiologia Auditiva da UCLA, em Los Angeles, e aprovada pela agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, promete restaurar até 10 decibéis de audição perdida, caso identifique alguma célula ciliada danificada, a partir da frequência auditiva do usuário. Estudos paralelos conduzidos na Universidade de Stanford abalizam a eficiência dessa tecnologia, contrariando a ideia de que a perda de audição é irreversível.
Preste atenção nos sinais
:: Você costuma assistir à televisão com o volume mais alto do que os demais?
:: Você pede frequentemente para que repitam frases?
:: Você sente dificuldade para acompanhar conversas em grupo?
O que fazer
Responder sim aos questionamentos acima é um indicativo de que haja algum déficit auditivo, ainda que não esteja tão evidente. Vale procurar um otorrinolaringologista, que fará uma avaliação clínica do problema, e um fonoaudiólogo, que está apto a realizar testes de audiometria e indicar a prótese adequada.
Para prevenir
:: Mantenha o volume da televisão em um volume razoável.
:: Diminua a exposição e o volume do fone de ouvido.
:: Tente evitar ambientes muito barulhentos.
:: Use protetores auriculares quando não for possível escapar do barulho.
Fonte: Site Bem Estar
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