Você sofre com zumbidos no ouvido? Ele aparece nas horas mais inconvenientes? Então, cuidado! Você pode precisar de ajuda médica para avaliar como anda o seu lado emocional.
Você sofre com zumbidos no ouvido? Ele aparece nas horas mais inconvenientes? Então, cuidado! Você pode precisar de ajuda médica para avaliar como anda o seu lado emocional. De acordo com a psicóloga do Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido (GAPZ), Lesle Maciel, alguns sentimentos aparentemente simples podem ser a causa do zumbido.
Segundo a Sociedade Brasileira de Otologia, mais de 15 milhões de brasileiros sofrem de algum distúrbio auditivo. O zumbido nos ouvidos era um problema que costumava atingir pessoas de meia idade e idosos, mas vem crescendo entre os jovens. Estima-se que 40% dos afetados reconheçam a doença e número ainda menor procura atendimento.
Entre os motivos desse crescimento estão o uso inadequado de aparelhos sonoros, a falta de informação para identificação dos sintomas e ainda o consumo exagerado de doces e cafeína. Para a fonoaudióloga Ana Lúcia Sallum, a exposição a sons intensos é a segunda maior causa de deficiência auditiva. “O som em alta intensidade causa sérias lesões às células sensoriais, levando a perdas auditivas irreversíveis”, salienta.
Nos casos em que não há causas aparentes, Lesle Maciel explica que a falta de perspectiva em relação ao tratamento do zumbido, a necessidade de abrir mão de determinados hábitos e de novos aprendizados deixam os pacientes ansiosos e até com depressão.
O zumbido pode estar relacionado à vida sentimental, por isso é importante que a pessoa procure também descobrir as causas individuais, o que pode ser feito com uma avaliação otorrinolaringológica e exames complementares. Algumas pessoas necessitam de abordagem multiprofissional e mais abrangente. Mesmo quando não há doenças graves, o zumbido pode prejudicar a qualidade de vida.
“Com certeza este é um problema que incomoda muito e pode trazer consequências emocionais que podem comprometer ainda mais a qualidade de vida do paciente”, explica a psicóloga Denise Marcon. Segundo a especialista, fazer o tratamento adequado e acompanhamento psicoterapêutico, quando necessário, é essencial para um bom prognóstico.
Fonte: Jornal da Manhã