Verificou-se que as salas de aula modernas apresentam vários desafios acústicos. Ruído, eco, distância, direcção e as diversas interacções professor-aluno, afectam a percepção e a compreensão é consequentemente, o sucesso acadêmico.
A acústica ou a falta dela nas salas de aula é uma questão importante e que tem sido relegada para segundo plano.
Verificou-se que as salas de aula modernas apresentam vários desafios acústicos. Ruído, eco, distância, direcção e as diversas interacções professor-aluno, afectam a percepção e a compreensão e, consequentemente, o sucesso académico.
As crianças e jovens passam cerca de 75% do seu dia na escola. Grande parte desse tempo é "preenchido" a realizar um tarefa – ouvir. Os mais jovens, que não têm ainda maturidade no sistema auditivo (desenvolve-se até aos 12 anos de idade), são os mais sensíveis à má acústica da sala de aula.
As fontes de ruído na sala incluem o sistema de aquecimento e arrefecimento, ventilação, computadores, ruído externo proveniente de salas adjacentes, recreio ou mesmo da rua. A má escolha dos materiais de construção contribui para o aumento do nível de ruído.
No processo de compreensão da fala é necessário uma relação sinal-ruído (SNS) de pelo menos 15dB, no entanto, para as crianças mais jovens, um valor superior é altamente recomendado.
O audiologista, pode desempenhar um papel importante nas escolas informando os professores e colaborando com equipas multidisciplinares no sentido de implementar métodos e técnicas que ajudem a minimizar os impactos do ruído.
Infelizmente, em Portugal, os Audiologistas têm ainda um papel pouco conhecido junto do público devido à falta de conhecimento da profissão na preservação, avaliação e reabilitação da audição.