Medicamentos que contribuem para a perda auditiva

Atualmente há mais 200 medicamentos ototóxicos. A ototoxicidade é uma das causas mais comuns de perda auditiva e ocorre principalmente com o uso indevido de medicamentos sem prescrição médica.

Atualmente há mais 200 medicamentos ototóxicos. A ototoxicidade é uma das causas mais comuns de perda auditiva e ocorre principalmente com o uso indevido de medicamentos sem prescrição médica.

 

MED OTOTOXICOOtotoxicidade é um termo utilizado pelos profissionais da área da saúde para indicar medicamentos e suplementos que podem danificar o ouvido resultando em perda auditiva, zumbido ou distúrbios de equilíbrio. Embora os mesmos sejam eficazes para tratar algumas doenças específicas, alguns deles, podem danificar as células ciliadas do ouvido interno (mecanismo responsável pela audição e equilíbrio). Muitas vezes o dano é temporário, mas, na maioria dos casos resulta na perda permanente da audição, visto que o risco de desenvolver problemas auditivos aumenta à medida que a droga se acumula no organismo.

 

Segundo a American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), existem atualmente mais de 200 medicamentos ototóxicos conhecidos, disponíveis no mercado para compra, com ou sem prescrição médica. Entre os mesmos incluem-se desde medicamentos para tratar doenças graves como câncer, infecções e doenças cardíacas até mesmo problemas mais comuns como dor-de-cabeça e antitérmicos.

 

Pessoas com problemas auditivos devem ficar atentas ao potencial efeito ototóxico dos medicamentos, visto que, seus problemas podem piorar com uso dos mesmos. Nestes casos, é sempre importante conversar com o médico sobre os prós e contras do medicamento indicado, quais efeitos colaterais que o mesmo pode ocasionar e como isso pode afetar sua qualidade de vida.

 

Embora muitos dos ototoxic-drugsmedicamentos prescritos pelos médicos possam ser ototóxicos, o que definirá se o mesmo poderá causar perda auditiva no paciente é a forma e quantidade de medicamento utilizado. Por isso é que se recomenda o uso de medicamentos somente sob prescrição médica, visto que, somente o médico saberá considerar os riscos e os efeitos positivos que o medicamento trará a cada caso. O importante é saber que o médico é o único que pode lhe receitar e definir qual é o melhor tratamento. Em Alguns casos, há pouca escolha. O tratamento com medicação específica, mesmo que ototóxica, pode fornecer uma melhor esperança para a cura de uma doença com risco de vida ou parar uma grave infecção.


 


Efeitos dos Medicamentos OtotóxicosTontura

Normalmente, de acordo com a ASHA, o primeiro sinal da ototoxicidade é o zumbido nos ouvidos (Tinnitus). Com o tempo, o paciente pode desenvolver uma piora em sua audição, que pode passar despercebido, até que sua capacidade de fala seja afetada. Os especialistas também alertam para a perda de equilíbrio como resultado de medicamentos ototóxicos. É como se de uma hora para a outra, se começasse a sentir que os pés estão instáveis, ou como se o chão estivesse se “mexendo”.





Alguns Medicamentos Ototóxicos

Segundo a ASHA, mais de 200 medicamentos são conhecidos por causar problemas de audição e equilíbrio. Mas, alguns dos fármacos mais conhecidos por causar danos são:

 

Antibióticos

Alguns dos antibióticos mais conhecidos por causar danos permanentes à audição se ingeridos em longo prazo são os aminoglicosídeos tais como: Gentamicina; Amicacina; Canamicina; Neomicina (encontrados em muitas pomadas e colírios); netilmicina, estreptomicina, tobramicina.

Já a eritromicina é ototóxica quando administrada em doses intravenosas de 2-4 gramas por 24 horas, especialmente se houver insuficiência renal subjacente. A Vancomicina, similar aos aminoglicosídeos, causa perda auditiva permanente se administrada por via intravenosa.

Segundo pesquisas, a Neomicina é a droga mais tóxica para as estruturas envolvidas na audição, na cóclea, por isso, é recomendado somente seu uso tópico. Mas mesmo a terapia tópica, resultou em perda auditiva, quando grandes áreas foram tratadas, que permitiu que grande quantidade da droga fosse absorvida pelo organismo.

 

 

Antiinflamatórios e Salicilatosototoxic-drugs-audicus-hearing-aids

Embora a aspirina, paracetamol e medicamentos antiinflamatórios não esteróides (AINE) sejam eficazes na redução da inflamação que causa dores, um estudo publicado na edição de Março de 2010 do The American Journal of Medicine sugere que o uso regular dessas drogas pode ser extremamente prejudicial para a sua saúde auditiva. O estudo, conduzido por cientistas da Universidade de Harvard, Hospital Brigham and Women, da Universidade Vanderbilt e da Massachusetts Eye and Ear Infirmary, em Boston, encontrou um aumento do risco de perda auditiva em homens com menos de 60 anos que regularmente utilizado AINEs. Se você está tomando um regimento de aspirina como prescrito pelo seu médico, pergunte a ele sobre os efeitos sobre sua saúde auditiva.

 

Entre os antiinflamatórios não esteroides (AINEs), que podem causar perda auditiva temos: Diclofenaco (voltarem/cataflan), Etodolaco (Flancox), Fenoprofen (Nalfon), Ibuprofeno (Motrin, Advil, Nuprin), Indometacina (Indocid, Agilisin), Naproxeno (Naprosyn, Aleve), Piroxicam (Feldene, Inflamene, Floxicam). Vale lembrar que os efeitos tóxicos estão relacionados com a dose e o período de uso. Se utilizado sob prescrição médica, os problemas auditivos quando surgem são reversíveis, uma vez que as medicações são interrompidas.

 

Diuréticos

Os médicos prescrevem diuréticos para tratar uma variedade de condições de saúde, incluindo edema, glaucoma e hipertensão. Às vezes, essas drogas causam perda auditiva temporária e zumbido, apesar dos profissionais de saúde ainda estarem tentando entender as razões. Os diuréticos que estão na lista de ototóxicos são: Furosemida, Ácido Etacrínico, Bumetanida, Torasemida. A grande maioria destes medicamentos são mais ototóxicos quando administrado por via intravenosa, para insuficiência renal aguda, crise hipertensiva ou edema pulmonar. Raros foram os casos de ototoxicidade foram encontrados quando estes medicamentos foram tomados por via oral, salvo em doses muito elevadas, por pessoas com doença renal crônica.

 

Fonte: ASHA / Alldeaf


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