A razão desta conclusão, defende o estudo, está relacionada com a maior exposição dos jovens, nesta faixa etária, a elevados níveis sonoros, nomeadamente através de leitores de MP3, mas também celulares com leitor de música.
De fato, nos Estados Unidos da América (EUA), local onde o estudo foi realizado, um em cada cinco jovens, entre os 12 e os 19 anos, apresenta já uma significativa perda auditiva. São valores em 30% superiores ao encontrados no estudo anterior, apresentado cerca de uma década antes. A diferença, explica este novo trabalho agora apresentado, é o tempo de exposição de cada jovem ao som produzido por aqueles aparelhos de reprodução: entre o primeiro e o segundo estudo, esse tempo mais que duplicou.
O uso destes aparelhos não é desaconselhado, como refere o autor da pesquisa, Gary Curhan. O que se pretende, no entanto, é sensibilizar os jovens para o limite de volume de ruído tolerado pelo ouvido humano, que se situa em cerca de 80 decibéis. Tudo o que supere este valor vai contribuir para uma perda da sensibilidade auditiva. Ou seja, com a exposição prolongada a ruídos elevados - os jovens que participaram no estudo ouviam música até 105 decibéis - a pessoa ouve cada vez menos, chegando ao ponto de comprometer a sua 'convivência social', como refere o artigo de O Globo.
Como estar alerta? 'Sensação de zumbido ou de abafamento de audição' são sinais a que deve prestar atenção.